Líderes setoriais falam sobre as perspectivas para o mercado em 2018

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Líderes setoriais falam sobre as perspectivas para o mercado em 2018

ano de 2018 começa a engrenar para os brasileiros. Um ano que, mesmo tendo as eleições e a Copa do Mundo no percurso, da indícios de que o país conseguirá se livrar do embate político e dos efeitos da recessão econômica. Ouvir, nesse momento, a opinião dos líderes do setor da construção civil e arquitetura pode ajudar os fabricantes de esquadrias a direcionarem as escolhas e planejarem os esforços de forma correta, condizentes com as nuances do contexto atual.

A Afeal obteve, com exclusividade, os depoimentos dos principais líderes que comandam algumas das entidades parceiras e compartilha os detalhes. Leia a seguir:

Flavio Amary, presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP)

“Esperamos para este ano de 2018 uma recuperação econômica ainda maior, com melhora do mercado imobiliário em todos os segmentos, ou seja, aumento dos lançamentos e das vendas de imóveis novos, aquecimento do setor de imóveis de terceiros, os usados, e também do segmento de locação residencial e comercial.

Com a manutenção do cenário de recuperação econômica, redução de taxa de juros, melhoria dos níveis de emprego e de confiança, os preços dos imóveis permanecerão estáveis ainda por um bom período, o que é excelente para os consumidores. O cenário tende a ficar cada dia mais favorável para a realização do sonho da casa própria, ou para a compra do imóvel como alternativa de investimento e de complemento de renda futura, dentro do mercado de locação de imóveis.

A melhora tem sido contínua e esperamos que permaneça assim. No entanto, é importante que a reforma da previdência seja aprovada o quanto antes, para dar segurança à recuperação dos indicadores macroeconômicos. Estamos confiantes. Acreditamos que 2018 será um bom ano para a indústria da construção civil e imobiliária e também para o país.”

Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc)

“Em 2017, já foi iniciado um processo de recuperação. Trata-se de uma retomada ainda tímida, mas acreditamos que em 2018 haverá um aumento no processo de retomada. Já observamos um aumento no volume lançado e esperamos que haja um crescimento nas vendas em 2018 e, principalmente, em 2019”.

“Precisamos não só que haja uma melhora no ambiente econômico: manutenção de juros baixos, inflação sob controle, queda no desemprego etc, como também a redução do risco jurídico. Para isso, seria fundamental a resolução do problema dos distratos que traz uma enorme insegurança. Além disso, contamos com um aumento no volume disponibilizado pelo crédito imobiliário, o que impulsionaria muito o setor”.

“Neste ano, devemos ter um aumento nas vendas e lançamentos em relação ao ano passado, porém, os indicadores ainda estarão longe dos patamares observados antes de 2014. Já em 2019, esperamos um crescimento maior. Confiamos no comprometimento do governo com a necessidade de aprovação de reformas e que sejam estabelecidas leis que tragam maior segurança aos empresários”.

Antônio Antunes, presidente da Afeal (Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio)

“O momento que o país vive é de ajustes. Estamos construindo as pilastras de sustentação para a retomada do crescimento sustentável no próximo ano. Porém, já vemos o setor do varejo de materiais de construção se aquecer; esse é setor que consegue sempre se movimentar mais rápido. Porém, as obras de grande porte e o mercado imobiliário começam a se reestabelecer as poucos, e o setor precisa se preparar para atender a demanda mais forte desse segmento para 2019 e 2020”.

 

Arquiteto Edison Lopes, presidente da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura (AsBEA)

“Entendemos que o desafio passa pela manutenção da retomada da expansão da economia dentro de uma perspectiva de que os necessários ajustes fiscais, tributários e políticos estejam na agenda dos candidatos à presidência”.

 

 

Cláudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco)

“Para 2018, prevemos um crescimento de 8,5% sobre 2017, que encerrou o ano 6% positivo sobre o ano anterior. A tendência é que possamos recuperar as perdas dos anos difíceis e, assim, voltar a faturar cerca de R$115 bilhões por ano. Mas, para isso acontecer de fato, é preciso estar atento a alguns fatores que o mercado vem mostrando serem imprescindíveis, como evitar a ruptura na loja de material de construção”.

“Ruptura é aquilo que o consumidor quer comprar e a loja não tem no estoque para vender, levando-o a procurar na loja concorrente. Outro ponto importante é estabelecer parcerias de fornecimento garantidas, evitando assim, que ausência de produtos em sua loja ou indústria se torne algo recorrente”.

“Além disso, há pautas políticas a serem discutidas e aprovadas neste ano, como a Reforma da Previdência e a Simplificação Tributária, que por sua vez, deve dar mais fôlego e competitividade às empresas brasileiras, reduzindo a renúncia fiscal e diminuindo os contenciosos administrativos, além de acabar com a guerra fiscal entre os Estados, que possuem alíquotas diferenciadas de ICMS. E, por fim, efetivar o Refis para os pequeno e micro empresários, que irá impactar positivamente todo o nosso setor da construção civil”.

Milton Rego, presidente-executivo da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL).

“Basicamente precisamos da recuperação da confiança do consumidor e de crédito (disponível e barato). Tudo isso, é claro, dentro de um ambiente de crescimento da economia, condição sine qua non. É um ano de eleições gerais – isso naturalmente traz uma maior volatilidade aos mercados. É importante, dentro dessa perspectiva, que as reformas econômicas continuem para se estabelecer um ambiente macroeconômico mais sustentável”.